A cada dia que passa
Mais eu enxergo as tuas cores
Aquelas que ainda não haviam aparecido
Aquelas que se recoloriram
E aquelas que se declaram para mim
De tão coloridas.
Tá tudo ficando tão lindo
A cada dia uma pincelada e outra
A entrar na nossa arte
Arte de conhecer o outro
Nossa arte particular
Arte tímida essa ainda
Não muito expressionista
Procurando ser realista
Tendo todo o cuidado parnasiano
Pra quê?
Só porque teme o fauvismo tão ousado do amor
Esse amor
Tão pós-moderno pra mim
Mas gosto desse gosto
Gosto de livro novo, cheirinho gostoso!
Cansei do romantismo
Não devia ter tentado tanto esse
Quando na verdade eu não passava
De uma naturalista ordinária