Carolina passa
E fica no ar
Resolvo lançá-la aos berros
Pr´onde você vai que eu não vou junto?!
Carolina nunca diz direito
O que ela quer
Pronde ela vai.
E ela me interrompe quando eu falo.
Cruza tudo.
Carolina tem cabelo grudento
Tem olheiras
Cheira a cigarro
É uma francesinha vermelha
Tenta ser bunitinha com seu cachecol godardiano.
Carolina só fala de Lacan.
Eu tenho ciúmes do Lacan.
Porque ela só me lê de dia,
enquanto intervala suas angústias.
Bobinha, bebe e fala que me ama,
E eu acredito.
Carolina,
você reparou que os versos estão aumentando?
Você já traçou seus pães, bolos e pudins hoje,
provável...
Já deve estar embriagada de açúcar
E pensando neles
Ai ai ai,
Carolina...
queria tanto saber o que faço por você.
Porque eu sei...
Você vai continuar sofrendo,
Mas e se eu te encontrar?
Carolina
sentada numa mesa de bar
ao som de violeiros universitários:
uma fotografia que adoro.
Vejo
Um sintonizar dos nossos mundos
Uma esquizofrenia
Um surrealismo da diferença
Disfonia
Que só a gente entende
rindo de metáforas estranhas
que eu digo querendo um sorriso teu.
Carolina,
você é linda.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
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